segunda-feira, 25 de abril de 2011

7 dicas para manipular sua igreja



 Pode até parecer hilário, mas essas dicas são uma coletânea de várias presepadas gospel que já presenciei de perto, ao vivo e a cores, nesses anos em que tenho me dedicado ao Evangelho.

Para vice-deuses, pai-póstolos, mãe-póstolas, apóstolos, bispos, pastores, presbíteros e todos os interessados em ter um culto e uma comunidade atraente, que se renda aos seus pés sem questionamentos nem argumentações.
 

Porque me limitei em 7? O 7 é um número profético, o número da perfeição e dá sorte. He!He!

1ª Contrate cantores gospel que mexam com as emoções. Não se importe se o cachê for o olho da cara, o importante é tocar no mais profundo dos sentimentos e fazer o povo chorar, rir, gritar, andar de quatro na unção do leão, do cachorro, do macaco, etc. O povo gosta de dinamismo, e se não tiver “baderna” santa que traga diversão, você vai ser chamado de caretão!

2ª Seja um “Expert” em invenções sobrenaturais. Aprenda urgentemente a elaborar “Profecias, Revelações, Visões, Línguas Estranhas, Unções do Paletó e do Sopro Divino”, e demais peculiaridades do gênero. Isso é tiro e queda. Não se esqueça que quando estiver operando esses “dons”, tem de passar credibilidade, e para isso, chore, faça cara de contrito, dê alguns pulinhos, e se possível, arrisque até salto mortal ou golpes de Jiu-Jitsu evangélico. AH! E o mais importante: Diga em alto e bom tom: “ASSIM DIZ O SENHOR!

3ª Quando for pregar, seja astucioso. Use texto fora do contexto com pretexto, porque assim você consegue colocar cabresto. Seja fanfarrão mesmo, de carteirinha. Por exemplo: Se você gosta que as pessoas reajam as suas pregações, use o texto de Atos 12:21-23 e diga que quem não berrar glória à Deus nem aleluia, vai morrer sendo comido de bicho como foi Herodes. Para que seus asseclas não se aprofundem nas escrituras e descubram sua superficialidade, use o texto de 2ª Coríntios 3:6 e diga sistematicamente que a letra “mata”, mas o Espírito vivifica. Se você é do tipo que não gosta de modernismos na indumentária nem na aparência dos seus súditos, sugiro que sublinhe em sua Bíblia textos como: Levítico 19:27, 1ª Pedro 3:3 e Eclesiastes 1:2. Esses são os melhores para você fazer uma lavagem cerebral e dizer que não pode cortar cabelo, usar jóias, passar maquiagen, jogar futebol, pois afinal, “tudo é vaidade”!

4ª Promova campanhas de prosperidade diariamente. Se você quiser, existem até empreendedores evangélicos que vendem “KITS CAMPANHA” pronta entrega, com pontos de contato inclusos como: (cruzinha, rosinha, estacazinha, sabonetinho, perfuminho, etcétarazinha) é show! Na Segunda faça a corrente da empresa própria, terça da fazenda própria, quarta da casa própria, quinta do jatinho próprio, sexta do iate próprio, sábado da ferrari própria, e no domingo, pra torcer o braço de Deus sem dar chance à Ele de dizer não, oriente-os a fazer o sacrifício pessoal, dar o tudo deles (o leite da criança, a passagem do ônibus, até as calças se necessário) exigindo seus direitos. Ah! Sua igreja vai ficar lotada todos os dias de crente centrado em si mesmo, de consumistas selvagens em nome de gezuis!

5 ª Seja frenético, especialize-se em ato profético. Junte um pessoal e bata 4 estacas nas 4 extremidades de sua cidade e leve seu povo a bradar: “Essa cidade pertence ao Rei Jesus”, 21 semanas sem falhar. Você vai motivá-los a orar pela cidade. Faça o cerco de Jericó em volta de sua Igreja e dê sete voltas com a turba clamando: “As muralhas vão cair”, você notará a diferença no evangelismo, pois eles derrubarão as portas das casas se preciso for para falar de Jesus. Se sua região tem influências demoníacas, alugue (para aqueles que não pertencem ao ministério do “MALACHEIA” nem do “NABUCOTERRANOVA” e não podem comprar) um helicóptero ou um teco-teco, arregimente sete apóstolos vestidos de branco (se não tiver os dito cujos pode baixar o nível e usar até os diáconos da Igreja se preciso for), mas não se esqueça de levar um barril de azeite de Israel e orientá-los a lambrecar a cidade do alto gritando: “Sai Exu Boiadeiro em nome de gezuis”. Vai ser sucesso absoluto, renderá até primeira página de Jornal, e você se tornará o herói deles!

6ª Seja um difusor do cristianismo judaizante. Do evangelho meia boca. Nem lá nem cá. Um pé no velho e um no novo testamento. Objetos como: candelabro, arca da aliança, bandeira de Israel, são indispensáveis para a decoração do seu templo/tabernáculo hebraico. Convide ativistas do hebraísmo que flertam com o cristianismo, para serem preletores em dias de festa. Eles carregam consigo um ar de espiritualidade diferenciada. Se você precisar eu conheço um que vem a caráter. O cabra é “bão” e tem a unção do “Pedala Robinho”, derruba gente de montão. A tira-colo vem um outro com Shofar, e a hora que o menino sopra o instrumento, é um “xororô” danado. É sapato de fogo, aviãozinho, unção da lagartixa, o frenesi come solto, e o povo é estuprado psicologicamente pedindo: “Eu quero é mais!”. Se pelo menos uma vez por ano você trazer um desses ao seu aprisco, o povo será “RÉ-NOVADO”, e você ganha a confiança de todos com a credencial de “Pastor Espiritual”.

7ª Matricule-se em um curso de artes cênicas. Faça do altar um palco, do templo um circo, do povo uma platéia passiva. Aqui não existe nada fixo. Alterne os papéis. Se preferir pode fazer o gênero “Dramalhão”, que está sempre na provação. Tens a opção também junto a ala feminina do “Brad Gospel”, aquele que conquista só no olhar (é claro, se não fores o rascunho do mapa!). Existirão dias em que você poderá encarnar o velho e saudoso “BOZO”, e fazer a galera se borrar de rir. Experimente também o “David Copperfield”, invente e faça desaparecer tumores malígnos que nunca existiram. Está bem na moda também o “Dr. Hollywood”, lipoaspiração pentecostal. Ou uma última sugestão: “O ghostbuster”, faça campanhas do descarrego, corredor do sal, contrate alguns endemoninhados profissionais, e coloque os “bicho” de ponta cabeça pra igreja ver o quanto você é fera! Eles irão temê-lo e reverenciá-lo!


Depois de seguir essas 7 dicas, você está apto e credenciado a “Déspota Espiritual”. Parabéns!

Mas não se esqueça que também ouvirá: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi, abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” Mateus cap. 7 vs 21 ao 23.
 
Por Franklin Rosa para Conexão da Graça

Uma sobrevivente da visão celular de Rene Terra Nova conta TUDO!

Roselaine Perez


Eu tive que digerir depressa demais o amontoado de quesitos que a Visão Celular possuía, parecia que tinha mudado de planeta e precisava aprender o novo dialeto local, e urgente, para conseguir me adaptar.

Ganhar / consolidar / discipular / enviar, almas / células/ famílias, Peniel, Iaweh Shamá, honra, conquista, ser modelo, unção apostólica, atos proféticos, mãe de multidões, pai de multidões, conquista da nação, mover celular, riquezas, nobreza, encontro, reencontro, encontros de níveis, resgatão, Israel, festas bíblicas, atos proféticos, congressos, redes, evento de colheita, prosperidade, recompensa, multidão, confronto, primeira geração dos 12, segunda geração dos 12, toque do shofar, cobertura espiritual, resultado, resultado, resultado, etc...

Era início do ano de 2002 quando fomos a Manaus, eu e meu marido, para recebermos legitimidade, enquanto segunda geração dos 12 do Apóstolo Renê Terra Nova no estado de São Paulo.As exigências eram muitas e muito caras:

  • Compra do boton sacerdotal num valor absurdo. 

  • Hospedagem obrigatória no Tropical Manaus, luxuoso resort ecológico, às margens do Rio Negro, não um dos mais caros, mas “O” mais caro de Manaus (conheci Pastores que venderam as calças para pagar 2 diárias no tal resort e outros que deixaram a família sem alimentos para entrar na fila dos zumbis apostólicos, num Thriller nada profético).
  •  Trajes de gala Hollywoodianos.
  •  Participação obrigatória num jantar caro da preula após a cerimônia, tendo como ilustre batedor de bóia nada menos que o Apóstolo Renê e seus cupinchas.
  • Tudo isso para ter a suprema dádiva de receber a imposição de mãos do homem, com direito a empurradinha na oração de legitimação e tudo ( uhuu!).

Nem mesmo em festa de socialite se vê exageros tão grandes em termos de exibição de jóias, carros, roupas de grife e todo tipo de ostentação escandalosa.

Hoje, sem a cachaça da massificação na cabeça, sinto vergonha e fico imaginando como Jesus seria tratado no meio daquela pastorada.

Ele chegaria com sandálias de couro, roupa comum, jeito simples, não lhe chamariam para ser honrado, nem tampouco perguntariam quem é o dono da cobertura dele , pois deduziriam que certamente dali ele não era.

Estive envolvida até a cabeça – porém não até a alma – na Visão Celular durante quase 5 anos, em todas as menores exigências fui a melhor e na inspiração do que disse Paulo "...segundo a justiça que há na lei dos Terra Nova, irrepreensível."


 Entreguei submissão cega às sempre inquestionáveis colocações e desafios do líder, sob pena de ser rebelde e fui emburrecendo espiritualmente.

Me pergunto sempre por que entrei nisso tudo e depois que este artigo terminar talvez você me pergunte o mesmo, mas minha resposta tem sempre as mesmas certezas:

-->  Todos nós precisamos amadurecer e, enquanto isso não acontece, muitas propostas vêm de encontro às fraquezas que possuímos e que ainda não foram resolvidas dentro de nós.

A partir da minha experiência pude enxergar as três principais molas propulsoras que fazem funcionar toda essa engrenagem:

1) A lavagem cerebral

A definição mais simples para lavagem cerebral é “conjunto de técnicas que levam ao controle da mente; doutrinação em massa”.

Em todas as etapas da Visão Celular se pode ver nitidamente vários mecanismos de indução, meios de trabalhar fortemente as emoções onde o resultado progressivo desta condição mental é prejudicar o julgamento e aumentar a sugestibilidade.

Os métodos coercivos de convencimento, os treinamentos intensos e cansativos que minam a autonomia do indivíduo, os discursos inflamados, as músicas repetitivas e a oratória cuidadosamente persuasiva são recursos que hoje reconheço como técnicas de lavagem cerebral, onde há mudanças comportamentais gradativas e por vezes irreversíveis.

2) Grandezas diretamente proporcionais

O Silvio Santos manauara é uma incógnita.Se em por um lado ele é duro e autoritário, noutro ele é engraçado, carismático e charmoso. Num dos Congressos em Manaus, me levantei da cadeira para tirar uma foto dele, que imediatamente parou a ministração e me chamou lá na frente. Atravessei o enorme salão com o rosto queimando, certa de que iria passar a maior vergonha de toda a minha vida, que o “ralo” seria na presença de milhares de pessoas e até televisionado.Quando me aproximei não sabia se o chamava de Pastor, Apóstolo, Doutor, Sua Santidade ou Alteza, mas para minha surpresa ele abriu um sorriso de orelha a orelha e fez pose, dizendo que a foto sairia bem melhor de perto. A reunião veio abaixo, claro, todos riam e aplaudiam aquele ser tão acessível e encantador. 

Acontecimentos assim, somados à esperta e poderosa estratégia de marketing que Terra Nova usa para transmitir suas idéias, atraem para ele quatro tipos de pessoas:

  • As carentes de uma figura forte (o povo simples que chora ao chamá-lo de pai).
  •  As que desejam aprender o modelo para utiliza-los em seus próprios ministérios falidos.
  • Aquelas que desejam viver uma espécie de comensalismo espiritual, que vivem de abrir e fechar notebooks para ele pregar, ganhando transporte e restos alimentares em troca, as rêmoras da Visão.
  • As sadomasoquistas espirituais. É tanta punição, tanto sacrifício, tanta submissão, que fica óbvio que muita gente se adapta a esse modelo porque gosta de sofrer. As interpretações enfermas do tipo “hoje eu levei um peniel do meu discipulador, então me agüentem que lá vou eu ensinar o que aprendi.”, eram a tônica das ministrações.
Pode acreditar que essas quatro classes de pessoas representam a grande maioria.

3) A concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida

O conceito da Visão Celular mexe demais com o ego, é sedutor, encantador, promissor, põe a imaginação lá no topo, puro glamour. A ganância que existe dentro do ser humano é o tapete vermelho por onde a desgraça caminha. Essa tem sido uma das causas pela queda de tantos e tantos pastores, por causa das promessas de sucesso rápido e infalível.

Renê não sabe com quem está lidando, mas é com gente!

Ele talvez ignore (não que ele seja ignorante) que cada ser humano é um universo e que as informações vão reproduzir respostas completamente inesperadas em cada um.

EU ASSISTI, na terra do Terra Nova, o “tristemunho” de uma discipuladora que, para confrontar e educar uma discípula, havia chegado à loucura de bater nela, para que a mesma parasse de falar em morrer. Esse é o argumento dos incapazes, dos que não conseguem levar cada triste, cada suicida ou deprimido às garras da graça de Cristo, mas que querem se fazer os solucionadores das misérias do povo.

Eu tenho até hoje péssimas colheitas dessa péssima semeadura, assumo meus erros e me arrependo profundamente de cada um deles:

  •  Quase perdi Jesus de vista
  • Minha família ficou relegada ao que sobrava de mim.
  • Minha filha mais velha, hoje com 23 anos, demorou um bom tempo para me perdoar por eu ter repartido a maternidade com tantas sanguessugas que me usavam para satisfazer sua sede de poder.
  • Minha mãe teve dificuldade para se abrir comigo durante muito tempo porque, segundo ela, só conseguia me ver como a Pastora dura e ditadora. Tenho lutado diariamente para que ela me veja somente como filha.
  • Fui responsável por manter minha Igreja em regime escravo (mesmo que isso estivesse numa embalagem maravilhosa), por ajudar a alimentar a ganância de muitos, por não guardá-los dessa loucura.
  • Colaborei com a neurotização da fé de muitos, por causa da perseguição desenfreada pela perfeição e por uma santidade inalcançável.
  • Fiquei neurótica eu mesma, precisando lançar mão de ajuda psicológica devido a crises interiores inenarráveis, ao passo que desenvolvia uma doença psíquica de esgotamento chamada Síndrome de Burnout*, hoje sob controle.
  • Vendi a idéia da aliança incondicional do discípulo com o discipulador, afastando sutilmente as pessoas da dependência de Deus.
  • Invadi a vida de muitos a título de discipulado, cuidando até de quantas relações sexuais as discípulas tinham por semana, sem que isso causasse ofensa ou espanto.
  • Opinei sobre o que o discípulo deveria comprar ou não, tendo “direito” de vetar o que não achasse conveniente. A menor sombra de discordância por parte do discípulo era imediatamente reprimida, sem qualquer respeito. Quando isso acontecia os demais tomavam como exemplo e evitavam contrariar o líder.
  • Aceitei que fosse tirada do povo a única diretriz eficaz contra as ciladas do diabo: a Bíblia. Não que ela não fosse utilizada, mas isso era feito de forma direcionada, para fortalecer os conceitos da Visão. Paramos de estudar assuntos que traziam crescimento para nos tornarmos robôs de uma linha de montagem, manipuláveis, dogmatizados.
  • Fomentei a disputa de poder entre os irmãos ignorando os sentimentos dos que iam ficando para trás.
  • Perdi amigos amados e sofri demais com estas perdas. Alguns criaram um abismo de medo, que é o de quem nunca sabe se vai ganhar um carinho ou um tapa, um elogio ou um peniel, mas sei que esse estigma está indo embora cada vez mais rápido. Outros me abandonaram porque não aceitaram uma Pastora normal, falível e frágil. Eles queriam a outra, a deusa, aquela que alimentava neles a fome por ídolos particulares.
Dentro da Visão, nossa Igreja esteve entre as que mais cresceram e deram certo na região, mas desistimos porque, acima de todo homem e todo método, somos escravos de Cristo.

Talvez o mais difícil tenha sido a transição do meu eu, a briga daquilo que eu era com o que sou hoje até que se estabelecesse Cristo em mim, esperança da glória.

Prossigo, perdoada pelo meu Senhor, tomando minhas doses diárias de Graçamicina, recriando meu jeito de me relacionar e compreender mais as falhas alheias e as minhas próprias.

Prossigo, reaprendendo a orar e adorar em silêncio, livre dos condicionamentos, admitindo meus cansaços, me permitindo não ser infalível, sendo apenas gente...Pastoragente!

Terra Nova tem os outros apóstolos aos seus pés

Nós já abordamos algumas vezes esta obsessão por HONRA no Ministério Internacional da Restauração, ou MIR 12, como é conhecido. Uma doutrina que é a base da sustentação administrativa de uma estrutura  eclesiástica dispersa, como é a celular e que só agora está sendo reconduzida à comunidades, por questões relacionadas ao controle financeiro, claro.
 Quem honra não sai da cadeia de comando, assim disse o "sinhô".
 Em matéria recente (AQUI ) falamos da importância econômica das peregrinações aos eventos nacionais e internacionais para a cúpula do movimento e, apesar das negativas dos participantes do MIR nos "comentários" à referida matéria, eis que apresento o site da nova administradora deste rico mercado cativo de encontros e viagens tremendas. http://www.tngroup.com.br/novo/index.php

Na essência, o MIR12 é hoje uma grande franquia, com direito a treinamento, marca, assistência local e, claro, royalties em pirâmide. É a nossa Amyway da salvação.

Busca-se cada vez mais a dependência dos franqueados (lideres células, grupo de células e etc.) do franqueador, Terra Nova S/A.

- Agora atenção:  Quem peidou?
Viagens constantes para eventos onde o franqueador é honrado, encontros com percentuais nas taxas, viagens internacionais e a cobrança dos royalties (ops, ofertas) em pirâmide garantem os lucros.

Um arquivo de ministrações  prontas (e de sucesso comprovado) ao dispor de todos os níveis de liderança, treinamento intenso, encontros e eventos formatados em todos os níveis,  técnicas aprovadas de evangelização com material farto e atualizado,  fonte inesgotável de novidades, modismos e demostrações de poder para a "crentada", vivências com o grande líder e muitas facilidades de comunicação garantem a fidelização ao esquema por parte de uma "pastorzada" que sonha com renda alta e poder. Todos querem a formula do sucesso ministerial e, neste caminho, relativizam o evangelho proclamado.

Um dos grandes segredos do sucesso do esquema é o próprio Terra Nova, reconhecidamente muito carismático. Suas viagens são constantes. Terra Nova foi um dos primeiros grandes ministérios da nova safra a comprar o seu jato.

Nesta fase da consolidação de seu poder, é preciso que sua figura messiânica fique gravada na mente de cada participante de célula Brasil afora como um semi-deus que dá cobertura espiritual a todos. Na teologia do G12, crente é de papel e não aguenta 5 minutos na chuva sem o guarda-chuva apostólico.

Mainha me deu.
Neste processo, não se foge de idolatria do líder. Nem do sectarismo extremo.

G12, MIR12 estão longe de ser apenas um modelo de crescimento de igrejas. Não há outra denominação cristã apresentando linguajar,  liturgias, práticas e costumes tão diferenciados dos demais grupos. Para muitos, uma seita em todos os termos.

Eu conheci algumas pessoas que foram evangelizadas no MIR  ou G12 e que, passando a uma denominação tradicional, simplesmente não se encaixaram.

 Inferno Saqueado

E ressalte-se que a maioria esmagadora dos G12zitas é formada por ex-membros de igrejas evangélicas, o que nos leva a questionar seriamente o grande apelo do inferno saqueado.

Mas que "inferno" é este que anda sendo saqueado pelo MIR 12 e G12, se a maioria esmagadora dos novos encontristas eram membros de igrejas evangélicas? A mim me parece mais uma ferramenta de crescimento envolvendo a guerrilha e o saque furtivo de membros de uma igreja evangélica por uma seita.


Das duas uma, ou só há salvação no G12, que inaugurou a igreja de Cristo, ou estamos sendo  (as demais igrejas) alvo de uma matilha de 12 tribos de lobos que ataca as ovelhas  em nosso aprisco.

Fogo e Paixão

Cursinho do Murdock
Silas Malafaia, no tempo que tinha bigode e era pastor sério defendia esta mesma tese. Hoje, fez as pazes com Terra Nova. Há dúvidas se Malafaia segue lendo a Bíblia (a normal, não a financeira), mas tenho certeza que ele lê Sun Tzu War, o livro milenar da Arte da Guerra dos chineses. Ali aprennde-se a lidar com um general que cresce: Combate inicial. Se o general continua a crescer no seu meio, melhor a associação, pois é certo que temos o que aprender com ele. Eu não  sei se Silas Malafaia aprendeu algo com Terra Nova, mas anda faturando alto nos eventos do MIR onde é figura constante. Além de ter vendido para Terra Nova a dupla inferneja Murdock & Cerrullo. Teve comissão?


E não pensem que os g12zistas nos têm em alta estima. Para eles, evangélicos fora do movimento são  crentes tipo "C". Para ganhar novo status, aceitar a Jesus é  condição menor. É preciso participar dos encontros sofrer toda a lavagem cerebral e processo regressivo e receber doses duplas de energéticos emocionais. Contar seus pecados mais podres para todos, escrever as transgressões e atirar o papel na fogueira. Dai, perdoa-se a todos a que por ventura lhe tenham feito mal na vida, incluindo Cristo (Pode?) e não satisfeitos ficam o quanto podem de braços abertos, para sentir um pouco da dor de Jesus.

E informo: Após o primeiro encontro tremendo a maioria diz que nasceu de novo, agora são cristãos de verdade, etc. Antes eram cristinhos....

Estão proibidos de revelar a experiência a outros, tudo o que podem dizer é: Foi tremendo.


A doutrina do MIR 12 (e G12) é coisa complexa. Em um primeiro exame (afora o linguajar  peculiar e as questões  relacionadas ao crescimento), saltam aos olhos versões  bem particulares dos entulhos da "batalha espiritual" e da "teologia da prosperidade". Há toda uma  mistureba  com conceitos especificos do grupo tais como honra, visto aqui, e outros modismos redundando em um sarapatel diferente do  de outras denominações e ministérios que adotaram combinações especificas destes entorpecentes teológicos da década de 80.

Jogando Batalha Naval com o capeta
Ele tira os demonios da esquina dela.

Os G12zistas adotam técnicas de regressão para a descoberta de maldições hereditárias e submetem seus membros a vivências de libertação. Não só uma. Repetem a tolice periodicamente livrando o néscio, a cada rodada, de mais profundas e perigosas desgraças. E, neste ponto, mais do que em qualquer outro grupo conhecido, a autoridade do apóstolo se faz mais fundamental, incentivando o membro a desejar encontros em esferas regionais e nacionais. Tem maldição que só patriarca, rivotril, dólar e jejum tiram!
Contudo, um dos aspectos mais marcantes da seita é a importância dada ao mapeamento territorial para desvendar os demônios entronizados em determinada área geográfica. Uma mistura de marketing de distribuição com demonologia, digo isto porque é coisa comum fazer estas análises em comércio varejista.

Em geral, segue-se a cartilha da Neusa Itioka (e de seu professor) que manda que ao se iniciar a tomada de certo território para Jesus, antes é necessário expulsar a entidade entronizada naquele local. A bizarrice funciona como um tipo de batalha naval da família Adams. Pega-se o mapa do local vai se rezando quadrado a quadrado. Reza braba, a tal da oração de batalha. - Praça tal! Oh labarachuias... Ops, água. - Rua tal!  Oh sinhô dus exercitus... Água. Beco tal. Pow! Pegou o rabo de um tranca rua.  Segura ele anjo Gabriel, vem tazendo... Pronto: Ai os doidos vão lá e botam o exu para correr, amarram, embrulham pra presente.. vai saber.
O lastimável é que não há base biblica nenhuma para tal procedimento e, se você for ver, no próprio ministério do Senhor Jesus, a banda não tocou este bolero. Ele já chegou, sem mapa e sem reza braba e retirou os capirotos do gadareno, que pediram penico, no caso, para ir para os porcos... Se lascaram os exu palmeireses, como sabemos. Foram dar no mar da segunda divisão. Agora, me digam: Com o  "território limpo e cheiroso", o povo por um acaso pediu para Jesus tomar posse do pedaço? Não!  Pediram, na maior delicadeza e tato, pra o Senhor vazar! Ou seja, isto tudo é estorinha para malandro se dar bem!
E o negócio fica ainda mais sinistro quando acontecem coisas nestes processos, que já me foram relatadas, incluindo: Urinar nas fronteiras do território da célula para marcar território, ungir com óleo as ruas, rios e mares e muito mais. A teologia por trás da marcha para Jesus é exatamente esta.
Moças pegam no manto do apóstolo, rapaz vira a cara.
Some-se a isto, todo um conjunto de técnicas de indução e lavagem cerebral que fazem parte dos tais encontros tremendos da seita. São vivências envolvendo humilhação pública, confissão de intimidades, privação de alimento e sono e outras técnicas  com consequências piores. Neste ponto, é peculiar o uso de referências vetero-testamentárias aos rituais de passagem, o que vai além das chamadas práticas judaizantes. 
Já as práticas judaizantes, que no atacado envolvem idolatria de arcas da aliança, "mitologia de tabernáculo" e adoção de festas judáicas, no varejo do MIR12 temos um diferencial forte em relação a outras denominações que encorajam ou adotam estas práticas, tais como: IEQ, Universal, Bola de Neve e Sara Nossa Terra, entre muitas. No MIR 12 o sentido principal das festas é mantido, contudo colado a "doutrina da seita" e a dinâmica de seus encontros e a sua gíria peculiar. As festas sempre se atrelam a metas de produtividade de grupos (crescimento) e a honra ($$$)  ao Apóstolo.
Na seita, os líderes são pressionados ao máximo para o cumprimento de metas  financeiras e de crescimento e esta "honra" é entregue justamente nas festas. Mesmo os membros menos graduados na cadeia de comando são compelidos a participar (os investimentos com passagens e estadias são altos e feitos em agências credenciadas pelo apóstolo) sob pena de humilhação entre seus colegas de células. Alguns, coitados, chegam a imaginar que perderão sua salvação se não atendem ao chamado do Patriarca.
Moças tocam pandeiros dourados para chamar marido rico.
Ademais, o MIR12 caminha como poucos para  o uso de paramentos do judaísmo de múltiplas eras, inclusive a atual, o que confere a tudo um alto grau de nonsense.
Finalmente, nenhum outro grupo usa tanto a bobajada dos atos proféticos. Atos proféticos consomem mais de 50% do tempo das reuniões em grupos maiores da seita que é viciada pela busca do sobrenatural e, neste processo, a maioria não percebe o elemento patético presente nestas demonstrações públicas.

Ele tem um remelecho...
E não pense que a distância entre a sã doutrina e o sarapatel doutrinário do MIR12 se encurtará  com o tempo. Não! Se já não fosse o risco real de cada líder de célula, sem formação teológica, vir a se tornar um  defecador de doutrina, todos sofrem da cooperação alegre de Renê Terra Nova  que segue produzindo disparates teológicos a intervalos de hora. E saibam que não se trata de  um filosofar diletante.  Inventar  moda é,  antes de tudo, uma estratégia de sobrevivência. Renê despende grande esforço para manter a sua relevância junto a um rebanho disperso.
Reconheça-se: Se tem um líder de grande denominação que rebola para se manter no poder, este é Terra Nova. Rebola tanto que nem sei porque o Caio Fábio ainda não chamou ele de bundão... Vai chamar, vai chamar, risos.

Foi OxO até a hora da oferta, ai pegou.
Nos últimos dois anos, Terra Nova tem investido pesado para consolidar o seu papel de líder máximo da visão no país (e no mundo). Muitos G12zistas debandaram em busca da raiz do movimento - Castellanos - outros seguem no caminho da independência. A maioria foi seduzida pela máquina de Terra Nova, que além de pompa e circunstância, assiste aos lideres locais com "tecnologia" de crescimento em pirâmide, eventos formatados, orientação "teológica",  gestão financeira, e honra, honra, honra...

A doutrina da Honra maciçamente batida a cada nível da pirâmide garante que ninguém puxa o tapete de ninguém. No MIR, traidor é pior do que adultero, pedófilo alcoólatra, roubador de dízimo e bebedor de cerveja, tudo junto!

Amor Vira-Lata

Terra Nova ungiu dezenas de apóstolos e buscou eventos para ser reconhecido como o apóstolo dos apóstolos, ou patriarca.
A maioria reconheceu a sua liderança, alguns meio indecisos, como Ludmila Feber, que ao que tudo consta não faz mais parte do MIR. 
Rapaz apresenta o mastro apostólico
De toda forma, ficou esta doutrina da HONRA, em franco crescimento. O líder de célula, honra o pastorzinho, que honra o líder de multidões, o chefe de todos os doze, o sindico do prédio dos 144 e vai o até Renê Terra Nova, que supostamente deveria honrar a seu “deus”, mas não sei não, até porque HONRA no conceito terranoviano é: 
  • Grana;
  • Mise en scène incluindo danças, músicas e roupas de gosto duvidoso;
  • Testemunho choroso;
  • Objetos dourados, mantos com tecidos brilhantes, púlpitos cravejados de pedras preciosas, etc.  Um sonho de perua!

Ou seja, HONRA para o Renê é um tipo de carnaval da sapucai onde a escola dele sempre ganha, a plateia só aplaude a ele mesmo e a bilheteria, claro, é só dele! 
Só não tem a sacanagem do carnaval, mas é claro que se tem... É só para os olhos dele, risos.
E seguindo neste esquema que ignora o fato que devemos toda HONRA somente a Deus, os  participantes do MIR12, que volta e meia aportam por aqui, insistem que não há um pingo de idolatria nesta prática. E que o diga a fotografia abaixo, tirada no congresso do MIR em Araruama. 
Meu borogodó, uiWando de paixão.
Acima, temos o apostolo da região de Araruama (Inclui Búzios? Sempre quis ser apóstolo da Ferradurinha... Tá vago o campo, Renê?) rendendo honra ao  Patriarca Terra Nova, que lhe permite tocar a ponta do sapato de cromo alemão legitimo.